Traficante “Nem” será canonizado pela hipocrisia
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Qual seguimento religioso o canonizará? Esta é a pergunta que não quer calar!
O assunto entrou em pauta, após a Revista Época divulgar uma entrevista exclusiva realizada com o traficante “Nem”, dias antes de ter sido pego numa operação policial no Rio de Janeiro.
De acordo com a entrevista, “Nem” é um homem educado, tranqüilo, lê sempre a bíblia, e crê que não vai para o inferno. O rapaz afirma que há 7 anos está entendendo melhor os “crentes”, estava fazendo cultos na própria casa acompanhando de pastores, mas sem estar ligado a uma igreja ou religião.
“Acho que Deus tem algum plano para mim. Ele vai abrir alguma porta, diz ele.
"Mister M" é Traficante, mas polícia não conseguiu Provas contra ele, mesmo ele assumindo que traficava... Só no Brasil isso acontece!
O arrependimento instantâneo se tornou uma prática comum através da hipocrisia religiosa como, por exemplo, a recuperação automática do traficante Diego da Silva dos Santos (foto), o “Mister M”, que foi entregue à polícia pela própria mãe na operação Militar que invadiu o Complexo do Alemão.
“Mister M” foi absolvido pelo crime de “Associação ao Tráfico”, pois não tinham provas para qualificá-lo como traficante ou pelo suposto homicídio ao ex-dono do morro do Alemão em 2007. Hoje, ele atua como modelo, onde inclusive poderá participar “São Paulo Fashion Week”, em janeiro de 2012.
Na entrevista, “Nem” afirma que Beltrame, secretário de segurança do Rio de Janeiro, é um “homem inteligente e que se tivesse mais “caras” assim como ele, seria muito melhor.”
O traficante ainda diz que tem o ex-presidente Lula como ídolo, pois ele foi responsável por fornecer empregos para diversos bandidos através das obras realizadas dentro da comunidade, fato que retirou muitos homens do tráfico.
Ele também confessa que têm muitos amigos na polícia, por isso, não autorizava traficantes atirar em policiais, pois são pais de pais de famílias e são apenas “mandados”.
Sim, claro, não trocar tiros com policiais amigos é algo previsível, mas e os que não são corruptos?O traficante alega que entrou para o tráfico por necessidade, diz que não consome drogas, mas apenas bebidas alcoólicas.
“Não negocio crack e proíbo trazer crack para a Rocinha. Porque isso destrói as pessoas, as famílias e a comunidade inteira. Conheço gente que usa cocaína há 30 anos e que funciona. Mas com o crack as pessoas assaltam e roubam tudo na frente, afirma ele.
Uma breve análise sobre o rapaz, já podemos identificar um comportamento típico de um ideal comunista, o Robin Hood pós-moderno, alguém pseudo-engajado com responsabilidade social.
Não usa drogas, mas assim como as Farcs, faz do uso uma fonte de renda.
Sequer parece com o assassino impiedoso, responsável pela morte da modelo Luana Rodrigues, 20 anos, e sua amiga, Andressa Rodrigues, 25 anos. As jovens foram executadas a pedido do tribunal do tráfico, o motivo, a modelo estava namorando um policial.
Antes de canonizar o traficante “Nem”, a vítima do capitalismo selvagem, saiba que existem pessoas miseráveis, mas que optaram por viver com honestidade.
Por que uma pessoa prefere catar lixo a roubar ou traficar drogas?
Por que uma pessoa prefere pedir esmola a roubar ou traficar drogas?
Por que alguém que entra para o tráfico para pagar uma dívida, e não resolve sair depois para viver honestamente ou quem sabe até iniciar um negócio lícito?
Desonestidade não está no DNA, mas quem sabe o ser humano já nasce com 50% de caráter formado e os outros 50% a ser moldado pelo ambiente social onde vive.
E se todos que não tivessem oportunidades na vida resolvessem entrar para a criminalidade, quantos honestos haveria no Brasil?
E os que tiveram oportunidade, são desonestos por quê?
Por que há políticos, magistrados e empresários desonestos?
Se os tais não tivessem tido boas oportunidades, logo, seriam traficantes, assaltantes, mas não iriam fugir de sua razão de ser.
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